Uma
das sessões extraordinárias do espetáculo ocorrido no último dia 17/04, o que
muito se tem falado é sobre o comportamento do deputado Jean Wyllys. E por
incrível que pareça, a maioria das pessoas que se manifestaram nas redes
sociais, não só exaltaram o deputado Jean, como defenderam o seu comportamento
frente ao Bolsonaro.
Se
ele, de fato, foi vituperado, torturado moralmente como diz, eu entendo sua cólera,
sua inquietude emocional e conceituo que ninguém merece sofrer tal escárnio.
Entretanto – veja bem – entretanto, achei ridículo e discordo terminantemente do
meio que ele encontrou para reagir ao insulto, pois por tudo que ele é, pela
formação que possui, pelo cargo que ocupa, espera-se um comportamento
diferente. Agindo assim, ele conseguiu superar a baixeza do “canalha” que o
injuriou.
O que
me deixa com “urticárias”, verdade seja dita, é o fato das opiniões /
manifestações tomarem proporções que afugentam o bom senso, a educação, as boas
maneiras e, principalmente, incitam e/ou apoiam a agressão, seja física ou
verbal. E o curioso é que a maioria das pessoas que expressaram opiniões, são
apologistas da paz, do preconceito racial, da indisposição que muitos ainda
nutrem contra os homossexuais, etc. O que é que estamos defendendo mesmo?
Outrossim,
é válido lembrar que meu texto não inocenta o Bolsonaro em absolutamente nada.
Ele nem no inferno é uma vítima, bem como o Jean (medido por esta postura) também
não o é. Naquele espetáculo em que a Literatura renascentista intitularia de
tragicomédia, a real vítima não se fazia presente. O Povo!
(Liliana
Almeida)
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