quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ladainha de um moribundo


É que o mundo não acontece pra mim e eu fico assim: perturbado!
Mas são necessidades que trago somente pra mim. E Ele. Ninguém precisa pagar por isso; os meus pecados bastam a mim. Minha cruz basta a mim! Pobre de outro se eu o condeno às minhas mágoas!
Mas é isso; entregar-se à luxúria, à vaidade... Entregar-se à vida é como ser justo, mas totalmente repreensível. Tudo neste círculo parece dicotômico.

Foi uma serpente que veio ter comigo e me deixei levar.
Ela já fez isso antes e venceu; acha mesmo que eu teria algum êxito? O conhecimento e a sabedoria ajoelham-se diante dela. Fui um desejável alvo que se tornou escravo.

Todavia, quando tudo para, a esperança acontece. Só que ultimamente, tudo tem se ido apressado. Principalmente minha força que, pouco a pouco, tem se esgotado em um molambo que outrora fora corpo. Mas, a vontade pela vida grita forte dentro de mim e aí, nalguns momentos, me engana. Estas horas de engano é uma maravilha! Alguém disse que a ilusão é ruim?! Estou confuso! Bom, eu digo que na medida faz bem aos ânimos. É isso!

Vou permanecendo aqui, por mais algum momento.
Logo partirei. E não é tão ruim assim!
Depois, quando quiseres me ver, é só esperar o anoitecer.
Ao olhar o céu, enxergarás que estarei habitando em uma das estrelas e de lá estarei sorrindo para ti. Existe beleza na tristeza e alegria na saudade. Seja feliz!

Adeus!


(Liliana Almeida)


sábado, 11 de janeiro de 2014

Fé em Deus?

        Parece piegas que, nos dias de hoje, com toda essa modernidade e avanço tecnológico alguém precise de fé em Deus. Tudo que achamos precisar é de coragem para enfrentar os desafios, de formação para não ficarmos atrás nesse mundo competitivo, de informação para nos mantermos contextualizados e não sermos colocados à margem.

        A nossa realidade é tão distante do campo espiritual que nos tornamos estranhos, “forasteiros” quando o assunto é fé em DEUS; mas, o que há de pior é que não nos sentimos confortáveis em lugar nenhum também; sempre falta algo, sempre há incompletude mesmo quando nos preparamos para sermos completos.

       Falar em Deus ou da fé que é necessária para que tenhamos ânimo na vida e esperança em uma vida eterna parece simples. Falar de qualquer assunto de modo superficial não é complicado, em especial quando o deixamos somente nas palavras soltas. Transformar palavras em possibilidades reais já faz parte de outro campo; campo este que somente alguns têm habilidades. Transmudar a fé em Deus de palavras para uma genuína fé cabe a pouquíssimos. Tão reduzido foi esta tal possibilidade que, só em falar disso, parece que atravessamos a linha da razão alcançando, do outro lado, a insanidade.

       Então, assim sendo, não é só piegas; é ridículo, é ignorante, é excêntrico, retardado os que ainda perdem tempo com isso.  Porém, o que alguns forasteiros nesta terra, forasteiros de Deus e de si mesmos almejam, é sentir a concretude da realidade espiritual que certamente existe e que, se alcançada, transformaria a vida de muitos. Não trazendo conforto material, mas emocional e espiritual e, com a alma e emoção satisfeitas a força em buscar as necessidades e os sonhos seria inabalável. Seria como guerrear em paz na desordem mundana.

       A fé em Deus e a crença em sua real presença é a esperança para os felizes e infelizes. É o que falta para completar tudo que se fez incompleto; é a ordem do que se fez bagunçado, o equilíbrio nas curvas sinuosas da vida; é a força quando o cansaço quer tomar conta, a palavra quando tudo fica mudo, a luz quando tudo se torna escuro; é a alegria de recomeçar todo dia.

Fé em Deus é inspiração para vida!




(Liliana Almeida)