Quero beber na praça, tropeçar nas ruas com um
litro na mão,
Gritar, cantarolar, ainda que desafinado, uma bela
canção.
Experimentar um cigarro amassado e depois cuspir
no chão.
Quero festejar a tristeza de minh’alma sem nenhuma
inquietação!
Somos muitos vagando pelo centro querendo chamar
atenção
De todos estes que sou eu, de um deles tu não
escapas:
É a tua face negando a exposição. Então, não me
perturbes, não me esnobes;
Pois de todos estes que sou eu, tu és a mais
covarde.
Não estou aqui por ti! Vim tropeçando ébrio
buscando encontrar a mim
Jogando ao léu uma a uma das máscaras, estou quase
chegando ao fim
Veja agora no meio da praça! Já não há máscaras,
só a triste cara desnudada.
Agora me deixe descoberta aqui à margem e fuja da
verdade arrastando a tua cara pesada.
(Liliana Almeida)
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