Um
simples homem, sem grandes perspectivas e concepção nenhuma de qual rumo teria
sua vida, de súbito, passou a experimentar caminhos diferentes dos quais nunca
havia trilhado. Corajoso e dono de uma espontânea motivação, permitira ao seu
coração o alento de palavras que, não só o comovia, mas o impulsionava a querer
adentrar ainda mais este caminho que, embora avisado, não possuía tanta noção.
Alimentou-se
do melhor banquete e a água que lhe saciava a sede oriunda da fonte que, em
estação nenhuma, cessava de jorrar. Titubeou nalguns momentos, porém, não
arrefeceu a totalidade de suas forças. Com humildade aceitou as advertências e
tomou nota das lições que lhe proporcionou crescimento e o conduziu ao
aprendizado. Assim, foi firmando sua identidade, sua crença; tornou-se
convicto.
O
tombo inesperado haveria de acontecer! O perigo jazia às portas! O medo
assuntava querendo roubar-lhe a “velha “ convicção; buscando equilíbrio em
alguma base firme, sentia os pés pesados arrastarem-se ao chão. E agora, o que poderia aquele homem fazer? Escondeu-se
para não ser reconhecido, entretanto, não observou o adentrar da madrugada que
tocava sua face fria.
Terrível
foi o choque que sofreu o seu coração ao ouvir o galo cantar! Imaginou os olhos
do seu melhor Amigo mirando seu olhar. A amargura feriu suas entranhas que, com
o coração dilacerado o fez chorar! Reduzido à solidão, sem base que o pudesse
sustentar, sentindo-se uma ignóbil criatura resignou-se ao silêncio, ao pensar.
Suicidar-se?
Jamais!
Com
verdadeiro arrependimento, superou a si mesmo, retomou seus passos e recobrou
sua identidade, tornando-se, sem hesitar, um legítimo e fiel seguidor daquele a
quem traíra; daquele que foi seu Caminho, Verdade e Vida, por toda estadia até
que a terra lhe amparou e o céu o acomodou.
(Liliana
Almeida)
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